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Infertilidade e sofrimento psíquico: uma escuta possível na Psicanálise


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A maternidade é frequentemente tratada como algo natural, quase automático — como se toda mulher, ao desejar um filho, fosse capaz de engravidar sem grandes obstáculos. Mas e quando isso não acontece? E quando o positivo não vem, mês após mês? O que se cala, o que se rompe, o que se perde dentro dessa mulher?

A infertilidade toca em lugares profundos da subjetividade. Não se trata apenas do corpo que não concebe — mas da mulher que se vê diante de um luto que o mundo muitas vezes não reconhece: o luto do filho que não veio.


Silêncios e cobranças

O sofrimento da infertilidade é muitas vezes vivido em silêncio. Há vergonha, culpa, comparação, medo. O tempo passa, os ciclos se repetem, os exames se acumulam… e a dor também.

A sociedade, por sua vez, oferece pouco espaço para que essa dor seja ouvida. “Relaxa que uma hora vem”, “Você ainda é nova”, “Se não der certo, adota” — frases que tentam consolar, mas ferem ainda mais.


A escuta psicanalítica como acolhimento

Na análise, não há pressa, não há julgamento. Há escuta.

O sofrimento psíquico que acompanha a infertilidade merece espaço para ser elaborado, nomeado, simbolizado. Cada mulher tem sua história, seus desejos, suas marcas. E, muitas vezes, esse processo de escuta permite não apenas compreender a dor, mas resgatar a potência de ser mulher para além da maternidade biológica.


Fertilizar a alma

A jornada pode incluir tratamentos, pausas, novos caminhos, reencontros consigo mesma. A psicanálise não traz respostas prontas — mas oferece um solo fértil onde o sujeito pode reconstruir seus desejos, cuidar de suas dores e, acima de tudo, se reconhecer novamente.


Se você vive esse processo, saiba que seu sofrimento é legítimo. E que há um espaço seguro para falar sobre ele. Vamos conversar?

 
 
 

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Psicanalista especializada no cuidado emocional da mulher.

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