Quando tudo é demais: o esgotamento emocional das mulheres que cuidam de tudo

Ela cuida da casa, do filho, do trabalho, do relacionamento, da agenda da família, das refeições, dos remédios, dos aniversários, das emoções de todos à sua volta. E, ainda assim, sente que está falhando. Essa é a realidade de muitas mulheres que chegam ao consultório carregando um peso invisível, mas devastador: o da sobrecarga emocional.

A falsa ideia de dar conta de tudo

Vivemos em uma cultura que exalta a mulher “multitarefa”, aquela que consegue ser boa mãe, boa profissional, boa parceira, boa filha, boa amiga — tudo ao mesmo tempo. O problema é que essa expectativa não é humana: é exaustiva, solitária e, muitas vezes, destrutiva.

Quando tudo é demais, o corpo e a mente começam a cobrar. Irritabilidade, crises de ansiedade, choro fácil, falta de libido, insônia, culpa… sinais claros de que algo precisa parar e ser escutado.

Quem cuida de quem cuida?

Na Psicanálise, abrimos espaço para perguntar: por que essa mulher sente que precisa tanto dar conta de tudo? De onde vem essa exigência? Por que ela não consegue pedir ajuda ou delegar sem culpa?

Essas respostas não estão na superfície — elas habitam histórias familiares, crenças internalizadas, vivências de infância e relações afetivas marcantes. Entendê-las pode ser o primeiro passo para transformar esse ciclo de esgotamento.

O valor de se escutar

A análise oferece um lugar onde a mulher pode, finalmente, não precisar dar conta de nada. Um espaço onde ela é ouvida, acolhida e, aos poucos, começa a se colocar novamente como prioridade — não por egoísmo, mas por sobrevivência.

Se você sente que tudo está demais, talvez você esteja de menos na sua própria vida. Vamos conversar?